Introdução: Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de carnes bovinas do mundo, em 2019 os volumes embarcados alcançaram cerca de 1,847 milhão de toneladas e a receita de US$ 7,59 bilhões. Dentre os produtos de carne bovina produzidos encontra-se a carne de sol, que se mostra uma alternativa de agregar valor à produção de cortes de carne com baixo valor comercial elaborada com baixo custo econômico, sendo um alimento artesanal. Objetivo: Avaliar as condições higiênico sanitárias das carnes de sol produzidas e adquiridas no comércio informal de uma cidade do Piauí. Metodologia: A carne de sol foi adquirida diretamente no comércio de no mês de janeiro de 2020. Ao todo, foram compradas sete amostras carne, cada uma na quantidade 100g. Após a compra, as amostraram foram colocadas em diferentes sacos plásticos, identificadas (carne de sol 1 - CS1; carne de sol 2 - CS2; assim por diante) e transportadas em caixa de isopor com gelo artificial, temperatura em torno de 25ºC, para o laboratório para posterior análise. Resultados: Na análise microbiológica não foi encontrada em nenhuma das amostras a presença de Salmonella spp.; porém, os coliformes termotolerantes estiveram presentes em 3 (42,8%) e Staphylococcus aureus 6 (85,7%). Já referente a análise parasitológica, foram encontradas diversas estruturas, como ovos de Ascaris lumbricoides, ancilostomídeos, Enterobius vermicularis e cisto de Entamoeba hystolytica; além de pulgas e outras estruturas possivelmente patogênicas. Conclusão: Em decorrência dos achados, faz-se necessário que haja maior fiscalização dos órgãos competentes quanto à higienização, armazenamento e exposição destas carnes. Assim como, ocorra a educação dos manipuladores, através de palestras, cursos de capacitação de trabalho, tendo como exemplo de conteúdo a ser abordado a importância do cuidado pessoal e da utilização de equipamentos de proteção adequados para manipulação das carnes.