Entre os metais pesados lançados no meio ambiente, o mercúrio é considerado o de maior potencial tóxico. O processo de metilação que este metal pode sofrer permite sua transformação em metilmercúrio (MeHg), para o qual as membranas biológicas são permeáveis, tornando-o disponível para os organismos aquáticos, levando a sua biomagnificação e organificação. Os efeitos que o MeHg induz estão relacionados à capacidade de ser bioacumulado, podendo chegar até o homem, principalmente através da ingestão de alimentos como peixes (ASCHNER et al., 2007; SOUSA, 2016). Em um peixe carnívoro adulto predador da extremidade da cadeia alimentar, podemos encontrar mais de 90% do mercúrio na sua forma metilada, sendo que na água este valor não passaria de 2%(LACERDA & MALM, 2008).