A automedicação é uma prática comum ao redor do mundo, costume esse que foi evidenciado durante a pandemia de COVID-19. O medo da doença desconhecida em consonância com a desinformação disseminada pelas mídias sociais causou confusão e pânico entre a população, levando ao consumo de medicamentos sem prescrição, inclusive sem apresentar eficácia comprovada (MALIK et al., 2020). No Brasil, ocorreu o uso indiscriminado da Hidroxicloroquina, Ivermectina, Azitromicina e Nitazoxanida, formando o chamado Kit COVID (MELO et al, 2021). O uso desses fármacos se disseminou pelo país para ser utilizado tanto no tratamento da COVID-19 quanto para a profilaxia da doença apoiado por autoridades governamentais e causando uma corrida às
farmácias, o que impulsionou a prática da automedicação nos últimos anos (MOLENTO, 2020).