Introdução: Para entender um pouco mais sobre o perfil epidemiológico da doença falciforme, é preciso inteirar-se sobre o alto índice de variabilidade de manifestações clínicas associada às características fisiológicas e genéticas, onde o portador falcêmico, diagnosticado com a doença, dependendo da evolução clínica, necessita de acompanhamentos de rotina para avaliar o progresso das medidas profiláticas medicamentosas ou mesmo transfusional, sendo que esta última assume caráter prioritário, uma vez que as transfusões sanguíneas são de suma importância para impedir que paciente vá a óbito. No Brasil, a doença falciforme é pouco difundida quanto aos aspectos epidemiológicos, riscos de infecções associadas, causas de internações hospitalares e taxas de mortalidade, que tem aumentado exponencialmente assumindo seu estado crítico devido ao período pandêmico vivenciado pela COVID-19. Com base neste contexto, o cenário hematológico da cidade de Salvador apresenta quadros alarmantes no que se refere aos números de acometidos pela doença falcêmica, visto que o estado da Bahia apresenta defasagem de centros especializados e baixo índice de estoques de sangue nos hemocentros para atender aos portadores.