INTRODUÇÃO
Desde o início da epidemia de HIV no Brasil na década de 1980, a atenção às pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA) se concentrou nos Serviços de Atenção Especializada (SAE). No entanto, a partir da portaria nº 77/2012 do Ministério da Saúde (BRASIL, 2012), houve uma ampliação do papel da Atenção Primária à Saúde (APS) nas diretrizes de manejo de HIV/AIDS. Essa descentralização reflete tanto a expansão da APS no país, de acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), quanto a transição de seu perfil de condição aguda para crônica e seus desdobramentos biopsicossociais (MELO, E. A.; MAKSUD, I.; AGOSTINI, R., 2018). Dentre os fatores que explicam o aumento da sobrevida das PVHA e melhorias na qualidade de vida, destaca-se a atuação da terapia antirretroviral (TARV).