A radiação é uma forma de energia, emitida por uma fonte e transmitida através do vácuo, do ar ou de meios materiais, sendo, portanto, uma energia em trânsito. No caso da radiação eletromagnética incidente em corpos no ar, parte da sua intensidade pode ser refletida na interface ar-pele e outra parte transmitida através do corpo. O objetivo deste estudo foi comparar as doses de radiação obtidas com três equipamentos radiológicos, dois da marca Kodak® 2200 Intraoral X-ray System de características similares e um da marca Dabi Atlante® Seletronic utilizados para radiografias periapicais digitais. Foram medidas as doses de entrada em órgãos e o produto dose-área utilizando-se um protótipo de crânio contendo osso seco e material equivalente a tecido humano. A dose de radiação para diferentes protocolos foi avaliada através do produto kerma-área, utilizando-se o equipamento fabricado pela IBA DOSIMETRY®, modelo KERMAX® plus DDP TinO. Para a medição das doses de entrada em órgãos foi utilizado um sensor de estado sólido marca Radcal® Accu-Gold® de radiodiagnóstico para medir as doses efetivas e comparar as indicadas no equipamento com as capturadas no sensor. Utilizando-se tensão de 60 kV e de 70 kV foram obtidos os seguintes resultados: a média da dose de radiação foi de 0,010 mGy nos cristalinos, 0,033 mGy nas glândulas parótidas, 0,388 mGy na glândula sublingual e 0,470 na tireoide; a dose de entrada na pele foi de 3,02 mGy (dentes incisivos) e de 4,20 mGy (dentes molares); o valor mínimo do PKA foi de 32,49 mGy.cm2, e o máximo, de 275,25 mGy.cm2. Os resultados obtidos foram comparados com os de outros estudos que utilizaram equipamentos intraorais e protocolos similares. Da análise dos resultados, concluiu-se pela importância da utilização de baixas doses de radiação e do adequado posicionamento do equipamento para a realização de incidências radiológicas de exames periapicais em região maxilar e mandibular, minimizando- se possíveis efeitos biológicos sobre estruturas de órgãos radiossensíveis.