O Tétano é uma doença de caráter infeccioso causada pela a ação da bactéria grampositiva Clostridium tetani. O tétano acidental (TA) ocorre quando há os ferimentos entram em contato com a bactéria. Este trabalho busca avaliar o perfil epidemiológico dos casos de tétano acidental no Nordeste brasileiro, no período de 2016 a 2020. A análise proposta pela pesquisa foi realizada entre os meses de outubro e novembro de 2021. O levantamento dos dados fora obtido por meio da plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, e através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, para tanto, foram utilizadas as variáveis: sexo, raça, zona de residência, UF de notificação, evolução e faixa etária, de acordo com o ano de diagnóstico. No período estudado foram notificados 345 casos de tétano acidental, destacando-se os anos de 2019 e 2016 que obtiveram os números mais altos, 83 (24,1%) e 81 (23,5%), respectivamente. O ano de 2020 obteve o menor número de casos notificados, 59 (17,1%). Em relação ao sexo, os dados mostram que cerca de 90% dos casos ocorreram em indivíduos do sexo masculino, tendo o ano de 2019 com mais registros (73). No sexo feminino, a maioria dos casos ocorreram nos anos de 2019 e 2016, ambos com 10. Na zona urbana os casos totalizaram 71,9%, na rural 22,6% e periurbana 1,7%. Em 3,8% não foi informada a zona residencial. O estado da Bahia apresentou os maiores números de casos, com 20%, seguido por Ceará e Maranhão, ambos com 18,8%. A faixa etária predominante foi entre 40 - 59 anos com 44,9%. De acordo com os dados analisados, conclui-se que os casos de tétano acidental estão decrescendo na região do Nordeste brasileiro. Entretanto é fundamental investir em ações de prevenção, como a vacinação, com o objetivo de corresponder a perspectiva da Organização Mundial da Saúde, além de aprofundar o conhecimento dos profissionais sobre as fragilidades que as subnotificações acarretam para o sistema de saúde.