Caracterizadas por uma inflamação nas meninges, em especial do espaço subaracnóideo, que atingem tanto o segmento cranial quanto o medular, as meningites podem ser causadas por agentes infecciosos e não infecciosos. As meningites infecciosas, principalmente as ocasionadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da Saúde Pública. Trata-se de um estudo de caráter quantitativo-descritivo, retrospectivo realizado a partir de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) acerca dos casos de meningite no nordeste brasileiro, no período de 2016 a 2020. As variáveis analisadas foram: número de casos, etiologia, sexo, raça, faixa etária e evolução segundo região. Os dados obtidos alimentaram planilhas no software Microsoft Excel 2010 e posteriormente geraram tabelas, e gráficos no software Bioestat, versão 5.3. Foram registrados 9855 casos de meningite no Nordeste, durante o período de estudo, com maior registro em 2019 (24,56%). Quanto à etiologia destaca-se a meningite viral (38,18%). O que chama a atenção para medidas profiláticas, uma vez que o principal agente etiológico tem como forma de contágio a via fecal-oral. O predomínio dos casos de meningite ocorreu no sexo masculino (59,86%). A cor de maior notificação foi à parda (69,34%). A maior manifestação ocorreu em jovens adultos na faixa etária de 20 a 39 anos (25,19%). Quanto à evolução observa-se que 7487 casos que corresponde a 75,97% dos casos evoluem para alta. Há um elevado número de casos de meningite no Nordeste no período estudado predominantemente de origem viral, acometendo homens em sua maioria, pardos e jovens adultos, tendo com desfecho a alta hospitalar. Ainda assim, se faz necessário mais investimentos em políticas de saúde pública.