Doença de Chagas é uma enzootia de animais silvestres há milhões de anos, que posteriormente, modificações dos biótopos silvestres, passaram a transmitir esta enfermidade ao homem de forma acidental. A Doença de Chagas é considerada uma antropozoonose ocasionada pelo protozoário flagelado Tripanosoma cruzi, através do vetor hematófago, triatomíneo. O presente estudo tem por objetivo caracterizar o panorama epidemiológico da Doença de Chagas Aguda no Estado do Maranhão, Brasil, entre os anos de 2011 a 2019. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, descritiva, retrospectiva e quantitativa baseada em dados secundários registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do Ministério da Saúde (MS). As variáveis estudadas foram: sexo, cor/raça, faixa etária, zona de residência e modo de ficção. De acordo com os dados do SINAN, foram registrados, entre os anos de 2011 a 2019 no Maranhão, 51 casos de Doença de Chagas Aguda, onde o ano de 2018 apresentou o maior número de casos. Em relação a variável raça, a cor parda foi a predominante, com 24 casos registrados. Na variável faixa etária, foi observado maior acometimento em pessoas entre 20 a 39 anos, com 20 casos notificados. Quanto a zona de residência, o maior número de casos notificados foi na zona rural, com 40 casos registrados. No modo de infecção, o maior número de infecções foi por via oral com 41 casos. Com isso, percebe-se que os dados de notificação são muito importantes e tem grande potencial de delimitar o risco quando realizados de modo correta, o que mostra a necessidade de preencher a ficha de notificação corretamente e com a informação da maior quantidade de dados possível e conhecidos.