As arboviroses são doenças transmitidas aos hospedeiros vertebrados, por meio de artrópodes fêmeas do gênero Aedes. O Zika vírus pertence ao gênero Flavivirus, da família Flaviviridae e seus principais vetores são os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, o primeiro surto de Zika vírus ocorreu entre os anos de 2013 e 2014, principalmente na região Nordeste. O presente estudo teve por objetivo traçar um perfil epidemiológico acerca de casos de Zika Vírus relatados no município de Fortaleza, Estado do Ceará, entre os anos de 2016 a 2020. É um estudo descritivo, retrospectivo, transversal, realizado a partir de dados secundários de domínio público dispostos pelo Sistema de Informação de Agravos Nacional (SINAN). As variáveis epidemiológicas analisadas foram: o número de casos notificados, ano de notificação, sexo, cor/raça e faixa etária. Durante os anos de 2016 a 2020, foram notificados um total de 1.711 casos de Zika Vírus na cidade de Fortaleza, onde foi registrado uma diminuição no número de casos, passando de 1.361 notificações em 2016 para 20 casos em 2020. Em relação a variável sexo/gênero, o sexo feminino apresentou maior predominância de notificações, possivelmente pelo fato de mulheres passarem mais tempo expostas em casa. De acordo com o número de casos relacionados a cor/raça, a cor mais afetada foi a parda com mais da metade dos casos notificados, mas estudos anteriores confirmam que a doença pode acometer indivíduos de qualquer raça. Na variável faixa etária, foi identificada uma maior prevalência de casos nas idades de 20 a 39 anos, atingindo a população economicamente ativa. O presente estudo mostra a necessidade de adotar de medidas preventivas educacionais para que seja possível minimizar a disseminação desta doença.