A causa da ocorrência desses acidentes ocasionados por animais peçonhentos podem estar relacionados a seus ritmos biológicos bem como seus comportamentos no meio ambiente, atividades humanas como pesca, ecoturismo, lazer e agricultura. O estudo tem como objetivo avaliar a situação epidemiológica dos acidentes por animais peçonhentos notificados no estado do Ceará. Trata-se de um levantamento epidemiológico transversal, descritivo e retrospectivo, dos casos notificados de acidentes com animais peçonhentos no período de 2015 a 2019, no Estado do Ceará, a partir de dados secundários, disponíveis no Sistema de Agravos de Notificação – SINAN. As variáveis epidemiológicas analisadas foram: o número de casos notificados, tipo de animais causadores, faixa etária, sexo, escolaridade, tempo de atendimento, evolução e classificação final. No período analisado, foram notificados um total de 32.617 casos de acidentes por animais peçonhentos no Estado do Ceará. A maior prevalência de casos foi do sexo feminino (63,14%). Com relação à faixa etária, houve um aumento progressivo da incidência de acidentes, conforme o avançar da idade & #60; 1ano apresentaram (1,58%), 1 a 4 anos (5,29%), 5 a 9 (5,48%), 10 a 14 (5,54%), 15 a 19 (7,85%), apresentando o maior número de casos a faixa etária entre 20 a 39 (35,16%), seguido por 40 a 59 (25,72%). Acerca do grau de escolaridade, a maioria dos sujeitos cursaram o ensino médio (12,57%), quanto ao tempo decorrido da picada até o atendimento a maioria das vítimas procurou a unidade médica nas primeiras horas: de 0-1 hora após o acidente (35,69%) e 1-3 horas (31,23%). Sobre a classificação da gravidade dos casos, a maioria foi classificada como de grau leve (88,05%) e a maior parte evoluiu para cura (92,86%). Diante do exposto, medidas preventivas se fazem necessárias.