A esquistossomose é uma doença infecto-parasitária causada por trematódeos do gênero Schistosoma, sendo a espécie Shistosoma mansoni a de maior representatividade. Esse estudo teve como objetivo contribuir com informações epidemiológicas para alertar as autoridades sanitárias, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento de programas socioambientais para eliminação dos focos de transmissão por S. mansoni no estado de Pernambuco. Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter descritivo, com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram analisados os casos confirmados de esquistossomose no estado de Pernambuco, no período de 2010 a 2017. As variáveis analisadas foram ano de notificação, região de notificação, região/uf de notificação, unidade federativa de notificação, sexo, faixa etária e casos confirmados. Os dados foram elaborados em gráficos no Microsoft Excel 2019. Foram confirmados 2.330 casos de esquistossomose no estado de Pernambuco entre 2010 2017, sendo 2010 o ano com maior número de casos da doença (n = 366) representando 15,7% do total de notificações. No que se refere ao sexo, foram observados uma maior prevalência de infectados do sexo masculino, com um percentual de 54,7% (n = 1.275). Em relação as análises da variável faixa etária dos indivíduos, observou-se que as maiores prevalências de pacientes com esquistossomose variavam de pessoas com 20 a 39 anos de idade (n = 816). A distribuição da prevalência da esquistossomose por raças demonstrou uma diferença mais acentuada para a ocorrência da doença em indivíduos de cor parda, atingindo um percentual de 53,6% (n = 1.249). Portanto, faz-se necessário a adoção de medidas de prevenção desta doença, tais como: controle do hospedeiro intermediário, redução da poluição da água ou do contato com ela, alteração das condições de vida da população exposta e educação em saúde.