A pandemia da doença causada pela disseminação do novo coronavírus (SARS-CoV-2), foi anunciada pela Organização Mundial da Saúde no dia 11 de março de 2020. 223 países, áreas e territórios foram atingidos pela doença. Em um pequeno intervalo de tempo, milhares de pessoas foram contaminadas, gerando um número exorbitante de pacientes que necessitavam de atendimento em hospitais e unidades de terapia intensiva. Concomitantemente, os médicos da linha de frente também foram rapidamente contaminados e afastados de suas atividades. Diante disso, a força de trabalho dos médicos residentes foi recrutada e tem ocupado um papel importante no atual cenário; muitos abriram mão de seus programas de especialização para se dedicar aos pacientes com COVID-19. O objetivo deste artigo é analisar e debater sobre os impactos da pandemia causada pela COVID-19 nos programas de residências médicas. Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter qualitativo e explicativo. A análise dos dados foi realizada por meio da utilização de artigos publicados na base de dados SciELO (Scientific Eletronic Library Online), Google Acadêmico e PubMed. Presume-se que a Residência em Saúde seja uma das melhores maneiras de capacitar os médicos, marcando a transição entre o mundo acadêmico e a realidade prática. No entanto, os médicos que optaram pelo Programa de Residência não esperavam que a partir do ano de 2020 o cenário seria marcado por uma pandemia e que precisariam direcionar suas atividades para o enfrentamento da nova doença. Desta maneira, o residente também precisou adaptar suas práticas para contribuir para o serviço de enfrentamento à COVID-19. Frente a isso, houve um prejuízo em relação às atividades específicas da profissão. Ao final deste estudo, concluiu-se que é necessário que os hospitais, as instituições de ensino e as entidades civis procurem melhorar a realidade atual dos médicos residentes, garantindo o respeito aos seus direitos.