O conceito de território vem atravessando de forma mais pertinente o campo da saúde e vem sendo tecido para além de um lócus de atuação das equipes de saúde da família, sendo entendido como território vivo. Neste trabalho busca-se elucidar a importância da territorialização para atuação da Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Trata-se de um relato de experiência da territorialização em saúde, que ocorreu entre setembro a outubro de 2020, em dois territórios de Sobral, Ceará. Adentrar aos territórios possibilitou à equipe de Residência em Saúde da Família contemplar a inter-relação entre os diversos elementos de carácter social, econômico, cultural, ambiental, modos de produção e reprodução social, estruturais e demográficos, os quais exercem influência direta ou indireta na dinâmica do processo saúde-doença dos indivíduos e da coletividade. A Residência em Saúde da Família, juntamente com a participação da comunidade, torna-se uma importante ferramenta para a efetivação da promoção da saúde do território, dialogando com diversas áreas, de maneira transversal, integrada e intersetorial.