Introdução: No Brasil, a assistência obstétrica vem passando por uma série de transformações, ocorrendo assim o resgate da forma mais natural no processo de nascer, em que o domicílio é retomado como ambiente mais favorável para o parto. Objetivo: Discorrer sobre os avanços alcançados e os desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem da obstetrícia na assistência ao parto domiciliar planejado no Brasil. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada no mês de junho de 2021 por meio da estratégia PICo, com a busca nas bases de dados do Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência da Saúde (LILACS) e Bases de Dados de Enfermagem (BDENF). Assim, a partir das buscas nas bases de dados e aplicação de critérios de elegibilidade, foram incluídos 10 artigos no estudo de revisão. Resultados: Os resultados evidenciaram que existem avanços alcançados e desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem da obstetrícia na assistência ao parto domiciliar planejado no Brasil. Observou-se que a enfermagem obstétrica tem papel fundamental no parto domiciliar, sendo esta classe totalmente capacitada e amparada pela lei que regulamenta o exercício da profissão. Quanto aos desafios, convém destacar os obstáculos que acompanham esta assistência, dentre eles: as restrições institucionais, sobrecarga de trabalho, disputa de poder/autonomia na realização do procedimento, priorização de intervenções que objetivem ganho financeiro às instituições, falta de informação e preconceito com a especialidade. Conclusão: Assim, acredita-se que mesmo frente a tantos desafios, a assistência desse profissional ganhou espaço devido ao seu respaldo legal e ao crescimento quantitativo de formações na área, além da facilidade para a capacitação atualizada e a implementação de projetos.