Introdução: uma a cada cinco pessoas precisará de transfusão de sangue em algum momento na vida. No Brasil, apenas 1,6% da população doa sangue, portanto há necessidade em aumentar o número de doadores. Considerando que os estudantes da área da saúde têm um melhor conhecimento sobre doação de sangue e que há poucos estudos sobre a atitude em relação a doação de sangue neste grupo, pretendemos estudar a adesão, motivações ou constrangimentos a essa prática. Métodos: estudo transversal observacional em que foram incluídos alunos matriculados em cursos de graduação da Escola Superior de Ciências da Santa Casa em 2020: Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Serviço Social. Os dados foram coletados através de questionários com variáveis sobre dados sociodemográficos, acadêmicos e de doação de sangue, e a associação entre as variáveis foi realizada por meio do teste do qui-quadrado ou teste exato de Fisher. Resultados: A maioria dos alunos (85,5%) era elegível para doação de sangue. O critério mais relevante para não elegibilidade foi o peso mínimo (12,9%). Em relação aos que já doaram (29,7%), 50,3% doaram uma vez, 38,7% doaram entre 2 a 4 vezes, e 13,8% relataram ser doadores de repetição. Considerando a motivação para doar, 78,6% realizaram doação voluntária. Cerca de 91% dos participantes classificaram como máxima a importância da doação de sangue e, dos que nunca doaram, 96,8% afirmaram ter interesse em doar. Conclusão: a maioria dos alunos nunca doou sangue, embora sejam elegíveis, sendo potenciais doadores. Os doadores de repetição e as doações espontâneas foram pouco expressivas.