A Leishmaniose Visceral é uma zoonose ocasionada por protozoários intracelulares obrigatório do gênero Leishmania. No Brasil o principal agente etiológico é a Leishmania chagasi, cujo principal vetor responsável pela transmissão é o Lutzomyia longipalpis, popularmente conhecido como mosquito palha. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o perfil epidemiológico da Leishmaniose Visceral na região nordeste no período de 2015 a 2020. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, retrospectiva, descritiva, com abordagem quantitativa da pesquisa sobre os casos de Leishmaniose Visceral no estado de Pernambuco. A coleta de dados foi realizada no período de agosto a setembro de 2022, através de dados epidemiológicos contido no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), que é uma base de dados vinculada ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). No período estudado foram notificados 10.917 casos da doença na região, responsável por cerca de 55,0% dos casos do país, com predominância de individuo do sexo masculino (68,0%), faixa etária dos 20-39 anos (24,3%), de cor/raça parda (78,6%), de baixa escolaridade e pertencentes a zona urbana (55,8%). As variáveis clinicas demostraram que ocorreu um maior numero de casos novo (90,2%), com a confirmação sendo realizado a predominância de métodos laboratoriais (83,6%), com boa parte dos pacientes evoluindo para a cura (63,8%). Conclui-se que a Leishmaniose Visceral ainda se apresenta como um grande problema de saúde publica da região nordeste, que apesar dos avanços realizados nos últimos anos, a sua incidência na região ainda é alta.