RESUMO: Introdução: A exposição da gestante ao tabaco traz consequências para a saúde de mãe e filho, gerando impactos físicos e cognitivos na criança. As publicações sobre esse tema têm redirecionado o foco do uso ativo para o passivo. Objetivo: Verificar a influência do uso materno ativo e passivo do tabaco durante a gravidez na ocorrência de doenças no filho, do seu nascimento ao início da puberdade. Metodologia: A revisão bibliográfica utilizou as bases de dados PubMed e BVS. Foram selecionados 18 artigos publicados entre 2014 a 2019. Critérios de inclusão: artigos originais publicados em inglês, espanhol e português. Foram excluídos artigos anteriores a 2014, duplicados e que fugiam do objetivo desta revisão bibliográfica. Resultados e discussões: Observou-se associação entre o uso ou inalação do tabaco por gestantes durante a gravidez e o incremento na incidência de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), asma, atraso no desenvolvimento linguístico, retardo no aprendizado locomotor, redução em escalas de avaliação cognitiva e aumento do Índice de Massa Corporal (IMC). Conclusão: A correlação entre o contato materno com tabaco durante a gestação e o aparecimento, nos filhos, das fisiopatologias abordadas, evidencia a necessidade de políticas públicas que reduzam os riscos à qualidade na saúde infantil, prezando pela redução da exposição de gestantes, por via direta ou indireta, a essa droga. Pontua-se, por fim, a necessidade da padronização de métodos objetivos para a diferenciação entre usuários ativos e passivos.