Os programas de residências em saúde são uma modalidade de educação permanente, desenvolvidos em instituições de saúde universitárias ou não, configurando-se como um curso de Pós-graduação lato sensu. O objetivo deste estudo é apresentar o processo de construção e validação de uma escala para autoavaliação de programas de residência em saúde. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa e de natureza aplicada. Quanto ao objetivo se caracteriza com descritivo e procedimento adotado foi a pesquisa com survey transversal. Os procedimentos de avaliação da confiabilidade e validade interna mostraram elevada consistência e adequação das medições. Para o pré-teste do instrumento foram realizadas entrevistas e um painel de especialistas. O questionário contendo a escala foi respondido por 372 residentes médicos e multiprofissionais de três hospitais gerais, sendo um público federal, um público estadual e um privado sem fins lucrativos localizados em Minas Gerais. Após a análise fatorial exploratória a escala manteve 46 itens, distribuídos em três dimensões: dimensão ‘ensino-aprendizagem’ com 15 itens; dimensão ‘desempenho do preceptor’ com 14 itens; e dimensão ‘qualidade do programa e apoio pedagógico’ com 17 itens. Na análise descritiva as médias dos dois hospitais públicos foram inferiores as do hospital privado. A dimensão ‘qualidade do programa e apoio pedagógico’ apresentou média geral mais baixa, e a dimensão ‘ensino-aprendizagem’ a mais alta. O item com maior média foi ‘probabilidade de a residência melhorar o desempenho profissional’, indicando que os programas estão cumprindo com seu papel central.