As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são consideradas um problema de saúde pública e estão entre as doenças transmissíveis mais comuns, afetando a saúde e a vida das pessoas em todo o mundo. Nesse contexto, a sífilis, considerada uma doença de características e evolução crônicas, bacteriana, curável, que acomete exclusivamente o homem há muitos séculos tem como agente etiológico o Treponema pallidum. O Ministério da Saúde classifica a sífilis, de acordo com as características clínicas e imunohistológicas, em três fases ou três formas distintas: a primária, secundária e terciária. É importante considerar que nos últimos anos houve um aumento alarmante desta doença, nos quais as questões sociais e comportamentais parecem desempenhar papéis importantes nesse contexto e são apontados como a principal causa deste ressurgimento. Levando-se em consideração a importância da detecção precoce e que todas as três fases desta IST podem apresentar lesões bucais com alto poder de contágio, sobretudo para o cirurgião-dentista durante os atendimentos, faz-se necessário realizar uma revisão da literatura ressaltando-se a importância deste profissional para o diagnóstico da sífilis. Para o cirurgião-dentista, é importante considerar que todas as três fases da doença podem apresentar manifestações orais, altamente contagiosas e que merecem o devido cuidado e encaminhamento para tratamento. Apesar de ser uma doença curável, cujo tratamento é de baixo custo, o diagnóstico precoce é fundamental para reduzir danos ao paciente e evitar disseminação, sendo assim o cirurgião-dentista é relevante neste processo e deve estar preparado para reconhecer os sinais e assim promover saúde integral e equânime aos pacientes.