A violência contra a mulher configura-se em diversos contextos de sua vida e tornando-se ainda mais grave durante o ciclo gravídico, trazendo consequências à saúde da mulher, do feto e ao recém-nascido. Esse estudo objetivou-se identificar as principais consequências psicológicas advindas da violência doméstica contra mulheres durante a gestação. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, de abordagem qualitativa, descritiva, realizado em março de 2023, nas bases de dados LILACS, PUBMED e EMBASE usando o operador booleano and. O recorte temporal foi compreendido entre 2018 e 2023, identificando um quantitativo de 217 artigos, que após filtragem permitiu a seleção e leitura de 39 artigos, com amostra final de 23 artigos. Observou-se que as principais consequências psicológicas advindas da violência doméstica contra mulheres durante a gestação foram depressão, ansiedade ideação suicida, transtorno de estresse pós-traumático, medo, distúrbios do sono e isolamento/disfunção social, seguido de impotência, tristeza, transtornos por uso de álcool e substâncias, esquizofrenia, perda de memória e dificuldade de concentração. A violência doméstica apresenta se como estopim para o desenvolvimento ou agravamento da depressão pré-natal e pós-parto. Faz-se necessário a criação de estratégias de prevenção e enfrentamento aos casos de violência doméstica contra a mulher na gestação, uma vez que é fundamental a criação de políticas públicas que englobem suporte adequado para atendimento às vítimas.