Objetivo: Identificar os possíveis impactos da austeridade fiscal na área da Saúde da Criança. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura na qual foi realizado o levantamento bibliográfico no período de agosto a outubro de 2019 nas seguintes bases de dados: BVS, Lilacs, SciELO, Portal Capes e Portal Pub Med. Foram definidos como critérios de inclusão: artigos publicados na íntegra, no período de 2014 a 2019, disponíveis eletronicamente, em português, inglês e/ou espanhol, cujos resultados fossem de encontro aos impactos da austeridade fiscal na Saúde da criança. Os critérios de exclusão foram: cartas ao editor, dissertações, teses e relatos de experiência. Resultados: Foram encontrados 26 artigos dos quais 14 compuseram o estudo. Observou-se que medidas de austeridade fiscal contribuem para exacerbação das desigualdades sociais, aumento das taxas de mortalidade infantil, baixo peso ao nascer, diminuição nas coberturas vacinais, risco para o crescimento e desenvolvimento infantil, risco de desnutrição e obesidade, piora da saúde mental infantil, aumento do risco de asma e outras doenças respiratórias e infecciosas. Evidenciou-se uma relação entre a austeridade e a piora nas condições de vida dos indivíduos, com riscos a saúde a curto e longo prazo. Conclusão: As medidas de austeridade fiscal ferem o princípio de equidade provocando a iniquidade em saúde. A manutenção de políticas e programas de proteção social é de grande relevância para a atenção a saúde da população e incentivo a recuperação econômica em um prazo menor. Necessita-se da realização de mais estudos sobre este tema que é de tamanha importância para a sociedade.