Introduçao: A terapia antineoplásica representa uma alternativa utilizada no tratamento do câncer, que não age apenas sobre o tumor, mas também o tecido adjacente sadio. Isso pode resultar em efeitos colaterais de importância odontológica e médica como imunossupressão, mucosite, xerostomia, osteorradionecrose e cárie por radiação que podem afetar a qualidade de vida do paciente. Objetivos: Apresentar a hipossalivação /xerostomia como consequência da terapia antineoplásica, focando nas suas formas de tratamento e prevenção. Método: Este trabalho de revisão foi elaborado, utilizando 34 artigos extraídos das bases de dados Lilacs, Pubmed e Scielo, publicados entre 2006-2019. Resultados: A xerostomia é uma complicação frequente da terapia antineoplásica em pacientes com câncer de cabeça e pescoço e caracteriza-se pela sensação de boca seca em decorrência de hipofunção temporária ou permanente das glândulas salivares. A hipossalivação e a xerostomia levam a sequelas primárias e secundárias, incluindo disgeusia, disfagia, cárie por radiação, doença periodontal e predisposição a doenças infecciosas oportunistas. Os efeitos colaterais da terapia antineoplásica podem ser diminuídos por medidas preventivas como uso de cito-protetores, moduladores da resposta parasimpática e laserterapia. As principais formas de tratamento da xerostomia consistem em medidas paliativas, como uso de saliva artificial e ainda na estimulação medicamentosa ou física do fluxo salivar. Conclusão: Embora que não haja ainda uma prevenção ou um tratamento totalmente eficaz contra os danos nas glândulas salivares, há métodos e tratamentos paliativos disponíveis para amenizar as sequelas da xerostomia e assim para melhorar a qualidade de vida do paciente.