RESUMO: As populações ribeirinhas residem na margem de grandes rios, muitos ribeirinhos não dispõem de eletricidade, saneamento básico e água encanada, além das dificuldades supracitadas, fatores associados ao intenso fluxo entre as localidades rurais e as sedes municipais e à falta de infraestrutura de saúde básica adequada, tornam essas comunidades vulneráveis às várias doenças infecto contagiosas, dentre elas a COVID-19. Com o avanço da COVID-19, a população ribeirinha teme pela escassez de suprimentos, outro desafio é que a estrutura social dessas populações traz grandes incertezas quanto à viabilidade de ações sanitárias de controle da COVID-19, uma vez que a ausência de saneamento ambiental e a possibilidade de um distanciamento físico entre membros de uma mesma família que coabitam juntos torna-se quase inviável. Diante disso, pontos importantes são destacados por representantes como possíveis fatores para potencialização da pandemia nas comunidades, são eles: a falta de atendimento médico, de atendimento ambulatorial e de outros profissionais de saúde atuantes nas comunidades para fornecer suporte às famílias. Portanto, torna-se significativo destacar a relevância da APS na assistência às populações ribeirinhas, além da necessidade de buscar por políticas públicas de saúde para o fortalecimento, expansão e qualificação dos profissionais atuantes junto às comunidades, que são essenciais para o sucesso do enfrentamento à COVID- 19.