Introdução: Com as mudanças do perfil demográfico e epidemiológico das populações, é alcançada uma realidade na qual predominam as doenças crônicas. Na ausência da possibilidade de cura, os Cuidados Paliativos (CP) se apresentam como uma alternativa aos procedimentos invasivos da medicina curativa. Objetivos: Elucidar o contexto histórico do surgimento dos Cuidados Paliativos, assim como os conceitos e definições intrínsecos ao tema, com o fim de ampliar e concretizar o conhecimento acerca do paliativismo. Metodologia: Foi executada uma revisão da literatura relativa aos CP, utilizando-se as bases de dados da Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO) e do Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE), pelo PubMed, tendo como critérios de inclusão a objetividade, clareza e atualização dos artigos. Além disso, a literatura cinzenta associada ao assunto foi consultada, com o intuito de estruturar este estudo. Resultados e discussões: Os Cuidados Paliativos surgem na transição de um modelo assistencial à saúde estritamente biológico para o entendimento do paciente como um ser integral, que deve ser abordado de forma humana. Na estruturação dessa nova abordagem, destacam-se personalidades como Cicely Saunders e Elizabeth Kubler-Ross. Com a posterior definição do termo pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os Cuidados Paliativos se expandiram em inúmeros países, como no Brasil. Os CP foram definidos pela OMS como a assistência que prioriza a qualidade de vida do paciente, cuja continuidade da vida é ameaçada, e de sua família. Visa aliviar e prevenir o sofrimento e integrar fatores psicossociais e espirituais ao cuidado em saúde, sendo promovida por equipe multidisciplinar. Os conceitos de morte, morte encefálica, eutanásia, distanásia, ortotanásia e bioética são fundamentais para uma melhor compreensão dessa temática. Conclusão: Conhecido o atual cenário de saúde, verifica-se a importância da aplicação dos Cuidados Paliativos e os seus benefícios para os enfermos e seus familiares.