Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os Cuidados Paliativos (CP) são indicados a todos os pacientes com doenças graves, progressivas e incuráveis, que ameacem a continuidade da vida a partir de seu diagnóstico. Um aspecto fundamental dessa prática clínica é a avaliação do paciente, com promoção da qualidade de vida. Pacientes em fase terminal apresentam muitos sintomas físicos e psicossociais, por isso é importante trabalhar com o conceito ampliado de saúde proposto pela OMS, que engloba as esferas física, social, psicológica e espiritual do indivíduo. Objetivos: Discorrer sobre a prática clínica dos CP, suas indicações, ferramentas de avaliação, principais sinais e sintomas, as diferentes dimensões e abordagens do cuidado. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica a partir de base de dados como SciELO, PubMed, UpToDate e Cochrane Library. Resultados e discussões: Um dos principais critérios na indicação dos CP é o prognóstico de tempo de vida, além dos baseados em condições individuais e avaliação do grau de capacidade e dependência funcional. Na avaliação, é importante conhecer dados biográficos, aspectos subjetivos, história da doença de base, diagnósticos e tratamentos prévios, além de escalas de avaliação dos sintomas, exames físicos e complementares. Os principais achados clínicos envolvem dor, desconforto respiratório, náuseas e vômitos, fadiga, delirium, constipação, ansiedade e depressão. Não apenas a saúde possui um conceito ampliado mas o sofrimento, portanto deve ser abordado em seus diferentes âmbitos, utilizando o Diagrama de Avaliação Multidimensional (DAM) para auxiliar no raciocínio da equipe. Conclusão: Os pacientes em CP necessitam de atenção e cuidado contínuos e integrais, com alívio de desconfortos físicos, emocionais e psicossociais que interferem na qualidade de vida dos indivíduos e sua rede de apoio, sendo importante avaliar as necessidades e abordagens preferenciais do cuidado, traçando metas individualizadas que objetivam o bem estar de todos.