A comunicação faz parte da essência humana e é de suma relevância na prática médica. Através dela as pessoas percebem e partilham o significado de ideias, pensamentos e propósitos, levando-se em conta a cultura, contexto, valores pessoais, vivências e intenções de cada sujeito envolvido. A habilidade de comunicação utiliza elementos verbais e não verbais, como escuta, olhar, toque e postura, para possibilitar a transmissão assertiva da mensagem e a criação de vínculos entre os interlocutores. É indispensável o aprimoramento dessa habilidade para os profissionais que atuam em cuidados paliativos, pois uma comunicação adequada permite identificar, auxiliar, esclarecer, atender e acolher com empatia as necessidades do paciente e de seus familiares, reduzindo a ansiedade e mantendo a dignidade e autonomia do paciente no final da vida. A incapacidade de realizar a comunicação de forma efetiva pode resultar em piores resultados assistenciais, traumas e transtornos. Diante dos fatos relatados, este capítulo tem como objetivo abordar as técnicas de comunicação usadas por profissionais de saúde para transmitir más notícias, em especial o protocolo SPIKES, a disponibilidade de informações aos pacientes, a abordagem da família e as preocupações da comunicação em cuidados paliativos, como a confecção de Diretivas Antecipadas de Vontade e as fases do luto enfrentadas desde o momento da comunicação da má notícia.