A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) baseia-se na aplicação de oxigênio puro, na concentração de 100%, em câmaras hiperbáricas mono ou multipaciente com pressão superior à atmosférica, objetivando hiperóxia e melhora nos processos de infecção e cicatrização. A terapêutica da OHB é usada como adjuvante principalmente em casos de úlcera em pré diabético, lesão de tecido por radiação e esmagamento, osteomielite crônica refratária e isquemia aguda. É também aplicada nos quadros de anemia ou nas situações em que o paciente não pode passar por transfusão sanguínea devido, principalmente, a causas religiosas. A OHB é usada como complemento a outras estratégias no tratamento de feridas hipóxicas por auxiliar no processo da cicatrização, que é dependente da replicação celular, da formação de uma nova matriz e da remoção do material necrosado, além do fornecimento de nutrientes e oxigênio para a área lesada. O oxigênio, ao entrar no organismo, se
transforma em radical livre, denominado de superóxido, que pode ser inibido pela enzima superóxido dismutase. Desse modo, a OHB aumenta essa enzima e diminui os radicais livres, retardando o envelhecimento celular. O tratamento com a OHB aumenta significativamente a chance de cura de feridas e diminui a prevalência de amputação em membros, principalmente na úlcera do pé diabético, quadro que a terapia de oxigênio tem apresentado resultados muito promissores.