Introdução: A pandemia do COVID-19 já contaminou mais de 493 milhões de pessoas ao redor do mundo. Além da perda funcional decorrente da hospitalização, os mecanismos da COVID-19 incluem manifestações pulmonares e extrapulmonares, afetando os sistemas neurológicos, cardiovascular, renal de muscoloesquelético. Objetivo: Descrever as características funcionais dos pacientes com COVID-19 admitidos na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital universitário. Metodologia: Estudo de coorte observacional, descritivo e com abordagem quantitativa. Realizado na Unidade de Terapia Intensiva destinada aos pacientes com COVID-19, no período de junho a setembro de 2020 através da coleta dos prontuários pertencentes aos pacientes internados na UTI COVID do Hospital Universitário Onofre Lopes/UFRN. Resultados: 24 pacientes obtiveram teste positivo para infecção pelo novo coronavírus, sendo 50% do sexo feminino e 50% do sexo masculino. Todos os pacientes necessitaram de oxigenoterapia e nenhum dos pacientes que utilizou VNI obteve sucesso com a terapia, evoluindo para IOT. O nível de mobilidade no momento da alta foi baixo (nível 2) na Escala de Mobilidade de Johns Hopkins. Conclusão: O contexto pandêmico nos trouxe reflexões acerca dos processos de trabalho e da saúde pública como um todo, trazendo grande impacto funcional e de mobilidade aos pacientes.