O objetivo do presente estudo foi analisar a influência autonômica através da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) como medida avaliativa, em pessoas com a Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1); e em indivíduos com a DM1 em associação à Neuropatia Autonômica Cardíaca (NAC). Trata-se de um estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa, com 57 voluntários jovens, do sexo masculino. Foram coletados sinais de eletrocardiograma de pessoas com a DM1 na presença de NAC (GNACD); em indivíduos voluntários com DM1 sem a existência de NAC (GDM); e em voluntários saudáveis (GC). A análise estatística comparou as características físicas e antropométricas entre os diferentes grupos. Posteriormente, os parâmetros da VFC baseado na média de todos os intervalos RR normais (MRRi), proporção de intervalos RR com diferenças sucessivas de mais de 50 Mv (pNN50), desvio padrão de todos os intervalos RR normais (SDNN) e raiz quadrada da média das somas dos quadrados das diferenças entre intervalos RR normais adjacentes (RMSSD) foram comparados entre os diferentes grupos. Ambas as análises foram realizadas pela análise de variância Anova one-way e o post-hoc Student-Newman-Keuls test com ? = 0,05. O efeito da MRRi da VFC em relação aos grupos, evidenciando-se um comportamento diferente (p & #60; 0,001), pois os voluntários do GNACD e GDM apresentaram uma diminuição quando comparado ao GC. Assim como, os parâmetros pNN50, SDNN e RMSSD exibiram resultados similares entre GNACD e GDM. Entretanto, só apresentou diferença significativa entre GNACD quando comparado ao GC no pNN50 (p = 0,007), SDNN (p = 0,005) e RMSSD (p = 0,005) para a análise da modulação autonômica cardíaca de repouso dos voluntários. Dessa forma, a VFC se demonstra como uma boa ferramenta para detectar alterações autonômicas em voluntários com a DM1 e como uma adequada medida de avaliação diagnóstica e prognóstica para pessoas que tenham a DM1 na presença de NAC, e com isso, a VFC tende a permanecer com as funções vagais diminuídas.