Esse artigo busca revisar acerca da hanseníase que, mesmo na atualidade, há vários estudos e conhecimento a respeito de sua forma de transmissão, complicações e abordagem clínica, ainda é muito estigmatizada. Isso se deve ao fato de uma trajetória voltada à exclusão com evidências de discriminação, sofrimento e isolamento social de indivíduos com esta patologia. Desta forma, indivíduos que forem infectados pela bactéria, a Mycobacterium leprae, a qual tem afinidade pelos nervos periféricos, podem apresentar sintomas neurológicos como também alterações dermatológicas. Tendo em vista o aparecimento de deformidades físicas associadas à perda da funcionalidade e modificação da percepção da autoimagem, há como consequência um intenso sofrimento psíquico durante o processo de adoecimento, dificultando assim a adesão ao tratamento. Somado a isso, essa concepção de si mesmo provoca a redução da autoestima interferindo na qualidade de vida, no autocuidado, na evolução da doença e no próprio sistema imunológico, gerando incapacidades físicas. Sendo assim, o presente trabalho joga luz sobre o tema da hanseníase como uma doença negligenciada, apesar da existência de um tratamento eficaz que promove cura completa. Além disso, levanta a questão relacionada às outras comorbidades associadas a essa patologia que podem ser evitadas com o diagnóstico e o tratamento precoce.