A hanseníase é uma doença infectocontagiosa potencialmente incapacitante. O Brasil está em segundo lugar no ranking mundial de casos novos dessa doença que é negligenciada e por isso necessita de ações que envolvam a prevenção de incapacidades físicas. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi de identificar e analisar como a equipe de saúde realiza a prevenção de incapacidades físicas ao acometido pela hanseníase em ambulatórios especializados em um município do interior do estado de São Paulo. Foram realizadas entrevistas e observações com os profissionais de saúde durante as atividades por eles desenvolvidas. Os dados foram analisados e categorizados a partir da análise de conteúdo. Três categorias foram identificadas: Orientações, ações e técnicas; Entendimento sobre a prevenção de incapacidades; limitações encontradas no trabalho. Os profissionais consideram a importância da prevenção de incapacidades tendo como principal ferramenta as orientações e educação em saúde. Entendem a prevenção de incapacidades como ação necessária para prevenção de agravos físicos e identificam dificuldades de acesso a espaços formativos, a materiais como órteses e próteses. Assim, indica-se necessidades de educação permanente em saúde, ampliação da concepção de prevenção de incapacidades para além daquelas localizadas no corpo biológico e necessárias lutas para assegurar condições adequadas de atendimento nos serviços de saúde.