A Hanseníase, antigamente conhecida por lepra, nome que carrega grande estigma sociocultural, é notoriamente um problema de saúde pública em países em desenvolvimento, inclusive acometendo o Brasil. Sendo este um país portador de um sistema único de saúde focado na integralidade do atendimento da população em geral, é imprescindível a necessidade de focar ações de gestão no combate à essa doença, que acomete e incapacita, na maioria dos acometidos, adultos em idade laboral. Trata-se de uma patologia que possui tratamento, caracterizado por poliquimioterapia, capaz de mitigar a doença e prevenir complicações que podem ser permanentes, caso não evitadas. O estereótipo do doente de Hanseníase é caracterizado da seguinte maneira: homem, em idade laboral, pardo, com baixo grau de escolaridade. Em relação às incapacidades sabidamente decorrentes da doença, grande maioria dos casos são diagnosticados na ausência de estigmas. No entanto, mais de 20% dos diagnósticos ocorrem na presença de incapacidade leve. Devido à incapacidade ser um ponto importante, somada à existência de um sistema de saúde pública pautado na equidade e na integralidade, há que se focar os esforços na gestão e organização desse sistema no intuito de racionalizar e aumentar a produtividade dos insumos disponíveis para tal prática. Nesse sentido, o Ministério da Saúde, juntamente às outras esferas da gestão da saúde pública, produzem e disponibilizam boletins e trabalhos científicos que permitem uma identificação de pontos chave a serem trabalhados, de acordo com a individualidade de cada região do Brasil.