Introduçao: a transmissão da leishmaniose ocorre através da picada das fêmeas de flebotomíneos infectadas. No Brasil a leishmaniose tegumentar americana é uma doença com diversos agentes, vetores e reservatórios e o conhecimento ainda é muito limitado o que torna ainda mais difícil o seu controle. Objetivo: investigar o desenvolvimento biológico da espécie Nyssomyia intermedia (importante vetor de leishmaniose tegumentar). Métodos: Os espécimes foram coletados no município de Iporanga-SP no bairro Serra. Os insetos foram coletados com armadilhas luminosas tipo CDC e com armadilhas de Shannon modificadas. Um grupo de fêmeas foi alimentado em hamters limpos e outro grupo foi alimentado em hamsters infectados, todas às fêmeas ingurgitadas foram separadas e acompanhadas diariamente, bem como suas formas imaturas. Resultados: foram alimentadas em hamster limpos 412 fêmeas da espécie Ny. intermedia das quais 337 realizaram oviposição de 9437 ovos, desses 38,4% não eclodiram, das larvas 64,25%, não chegaram a idade adulta. Na alimentação em hamster infectados foram expostas 68 fêmeas dessas 46 se alimentaram, a expectativa de vida das fêmeas de Ny. intermedia após o repasto infectante no início da cultura foi de 4,51dias. Conclusão: a mortalidade mais expressiva na colônia aconteceu no primeiro instar larval, mais da metade das larvas não chegaram a fase adulta. Nas fêmeas com alimentação infectante a maior mortalidade aconteceu no período do ciclo gonotrófico. A manutenção de uma colônia de flebotomíneos em laboratório é desafiador.