A pandemia de COVID-19 intensificou a automedicação preventiva e terapêutica, onde o uso descontrolado de medicamentos teve um aumento considerável, gerando assim, um problema de saúde pública, afetando uma grande parte da população. Medicamentos sem comprovação científica para o Sars-Cov2, foram divulgados e administrados de forma equivocada e perigosa, sem orientação medica, como: a Azitromicina e a Ivermectina, trazendo riscos à saúde. O objetivo da pesquisa foi investigar o conceito que os universitários compreendem sobre a automedicação, além de examinar qual o tipo de medicamentos utilizados e suas possíveis problemáticas. A pesquisa foi do tipo transversal e descritiva, utilizando-se um questionário criado no Google Forms, enviado para os e-mails institucionais dos acadêmicos entrevistados. Os dados foram salvos e a partir disso foram gerados gráficos e tabelas no Microsoft Office Excel e BioEstat. Dos 42 acadêmicos que responderam a pesquisa, 69% realizaram a automedicação, sendo 78,6%, mulheres. O curso de Saúde Coletiva teve percentual de 40,7% e jovens adultos entre 18 e 23 anos, alcançaram 78,6% na pesquisa. Os medicamentos mais administrados foram a Azitromicina (34,5%) e a Ivermectina (17,2%), segundo os entrevistados. As principais fontes que os discentes usaram para se automedicar foram: familiares (61,8%), balconistas de farmácia e farmacêuticos (20,6%), internet (5,9%) e por antigas receitas (5,8%). Constatou-se que a infodemia relacionada a prevenções e tratamentos que auxiliassem na minimização dos efeitos da COVID-19 impulsionou a busca pelo auto cuidado através da automedicação. Notou-se que mesmo em um ambiente de ensino, pesquisa e extensão, cientes dos efeitos danosos da automedicação, os discentes praticaram o uso irracional de medicamentos. Logo, a busca e disseminação de informação com base técnica e científica devem ser de uso mais ampliado, principalmente quando se trata da educação em saúde inserida nas Universidades.