RESUMO: Introdução: A musicoterapia para população idosa possui diversos efeitos positivos a nível sensorial, motor, cognitivo, emocional, comportamental e social, se revelando como uma intervenção não-farmacológica eficaz na promoção do bem-estar e da qualidade de vida dessa população. Objetivo: Relatar a experiência de discentes de enfermagem a partir do uso da musicoterapia na perspectiva do envelhecimento ativo. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. A atividade de musicoterapia foi desenvolvida por meio de videochamada na plataforma Google Meet, no dia 26 de setembro de 2020. Utilizou-se uma dinâmica de interação intitulada “Construindo histórias” que objetivou construir paródias, a partir de músicas populares, previamente delimitadas. Resultados e discussão: A dinâmica teve duração de cerca de 20 minutos e foi executada por discentes de enfermagem de uma universidade pública no estado do Piauí, sob supervisão das docentes assistentes. Houve boa resposta dos idosos à atividade, os quais referiram sentimento de acolhimento e puderam expressar sobre suas histórias de vida e hábitos que consideravam importantes. Em particular, houve satisfação dos participantes quanto à existência de um espaço virtual de comunicação entre pessoas amigas, para trocas de conhecimentos e experiências de sua vida. A música possibilita o envelhecer a partir do reconhecimento dos pontos positivos e atividades do cotidiano que geram bem-estar e autonomia, que são características do envelhecimento ativo. Conclusão: Houve benefícios advindos da musicoterapia e da escuta terapêutica, com foco na primeira, validando esse recurso como importante elemento no processo de envelhecimento ativo do idoso na atualidade, abrindo caminhos para novas propostas neste sentido.