O Burnout Parental (BP) se configura como sendo a exaustão física, mental e emocional relacionada à parentalidade, sendo um relevante problema de saúde que não afeta apenas a mãe, mas também pode resultar em prejuízos para os filhos e interferir na dinâmica familiar. Por isso, se objetivou identificar a frequência de fatores relacionados ao BP entre mães em situação de vulnerabilidade social atendidas por uma associação filantrópica de Rio Branco - Acre. Para tanto, foi realizado um estudo observacional descritivo, de corte transversal, com abordagem quantitativa, no qual, por meio de questionário autoaplicável, foram entrevistadas 206 mulheres no ano de 2024. Os dados foram revisados em programa editor de planilhas e analisados em programa estatístico, onde foram calculadas as frequências absolutas e relativas das variáveis de interesse. Observou-se que a maioria das mães estava na faixa etária de 30 a 40 anos (39,22%), havia cursado o ensino fundamental (49,02%), se autodeclararam pardas (58,33%), possuíam de 1 a 4 filhos (82,52%), não tinham companheiro (a) (60,78%) e detinham renda familiar inferior a um salário mínimo (75,98%), não exercia trabalho remunerado e eram beneficiárias de algum auxílio governamental (83,82%). Além disso, foi verificado que 12,25% das mulheres se sentiam sempre sobrecarregadas, 32,84% eventualmente se consideravam exaustas fisicamente e 8,33% relataram sempre estar no seu limite mental e emocional com relação aos cuidados parentais. Dessa forma, foi possível perceber que os fatores socioeconômicos aliados aos sentimentos de sobrecarga, exaustão física, emocional e mental vivenciados pelas mães podem interferir e moldar de formas diferentes a sua experiência materna, contribuindo em maior ou menor grau para o desenvolvimento de BP