Introdução: O Estatuto do Idoso é uma importante legislação para a garantia dos direitos das pessoas com 60 anos ou mais. Entretanto, há uma lacuna na literatura no que tange a análise do conhecimento da população mais envelhecida em relação a essa legislação. Objetivo: Estimar a prevalência de indivíduos que conhecem o Estatuto do Idoso e verificar quais são os seus fatores demográficos e socioeconômicos associados, em indivíduos com 50 anos ou mais, para o Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, que se utilizou do Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil). Os resultados foram apresentados por meio de frequências relativas. A associação foi medida por meio do teste qui-quadrado. Resultados: Dentre aqueles que conhecem ou já ouviram falar do Estatuto do Idoso, 18,3% já leram algo sobre, e 61,5%, apesar de terem conhecimento, nunca leu o estatuto. Cerca de 20% não conhecem ou não ouviram falar. Todas as variáveis demográficas e socioeconômicas analisadas foram associadas com o desfecho. Indivíduos mais vulneráveis foram aqueles que tenderam a apresentar menor conhecimento sobre o estatuto, como pessoas mais velhas, não brancas, de menor escolaridade, menor renda e de áreas rurais. Conclusão: Os resultados evidenciam que é necessária uma maior conscientização de todas as pessoas, em especial dos idosos, sobre a existência do estatuto e principalmente sobre seu conteúdo, que garante um leque de direitos que possibilitam melhores condições de vida para as pessoas em idades mais avançadas. Cabe ao poder público garantir que as diretrizes estabelecidas sejam de conhecimento da sociedade e que elas sejam cumpridas na prática.