A qualidade de vida tornou-se um importante indicador para avaliar as condições de saúde e socioeconômicas de indivíduos e coletividades. Na hanseníase, o comprometimento físico causa deformidades visíveis e deficiências que afetam a qualidade de vida dos pacientes. A dimensão física é uma das mais afetadas. O objetivo do estudo foi avaliar a qualidade de vida, no domínio físico do World Health Organization Quality of Life Bref (WHOQOL-BREF) de pacientes com hanseníase. Trata-se de estudo prospectivo e transversal de caráter quantitativo. Foram incluídos pacientes diagnosticados com hanseníase no período de julho de 2019 a julho de 2020, no município de Rondonópolis, MT. Para coleta dos dados sociodemográficos aplicou-se um questionário estruturado e para avaliar a qualidade de vida utilizou-se as questões do domínio físico do instrumento WHOQOL-BREF. Participaram do estudo 44 pacientes com hanseníase. O valor médio no domínio físico do WHOQOL-BREF foi 14,45 (DP: 3,36, mínimo 5,71 e máximo 18,86). As menores médias de qualidade de vida foram observadas em homens, indivíduos com 60 anos ou mais, brancos, com companheiro(a), com menor escolaridade, com renda de até 1 salário mínimo, não trabalham, residem com até 3 pessoas e residem em casa alugada. Não se observou diferença estatística significativa entre os grupos estudados. Os pacientes com hanseníase apresentaram baixos escores de qualidade de vida para o domínio físico. Os dados possibilitaram compreender os aspectos relacionados ao domínio físico da qualidade de vida desses pacientes e poderão contribuir com a adoção de medidas de atenção à saúde de indivíduos com hanseníase.