A COVID-19 é uma doença infecciosa que se espalhou de maneira significativa e rápida para vários países, sendo declarada como pandemia pela OMS em 11 de março de 2020. A COVID-19 é transmitida por contato ou proximidade com a pessoa infectada, tendo como sintomas mais comuns febre, cansaço e tosse, mas pode evoluir para a forma grave da doença, que pode ocasionar a morte. Até o momento, não há tratamento farmacológico específico para a COVID-19, ocorrendo o reposicionamento de fármacos como alternativa. O objetivo deste estudo foi averiguar os principais medicamentos usados por clientes de duas farmácias da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) para o tratamento da COVID-19, e relacionar com os tratamentos proposto pela literatura. Após aprovação do CEP-UNIP, sob parecer nº 43018621.3.0000.5512 – CAEE, aplicou-se um questionário estruturado aos clientes das farmácias que apresentassem diagnóstico de COVID-19 confirmado por RT-PCR ou testes rápidos de IgG ou IgM. Observou-se neste estudo que a maioria dos entrevistados tinham idades entre 31-40 anos, que fizeram uso de medicamentos por conta própria (59%), antes mesmo de receberem o diagnóstico de COVID-19, sendo o principal medicamento usado, a ivermectina (65%). O estudo verificou ainda, que após o diagnóstico de COVID-19, os principais medicamentos prescritos foram a azitromicina (62%), seguida de loratadina e dipirona (48%), mas ivermectina (34%) e predinisolona (28%) também foram prescritos. Além disso, alguns entrevistados (34%) alegaram que precisaram de assistência farmacêutica para compreenderem melhor, sobre a medicação prescrita, sua posologia, tempo de uso, função do medicamento e possíveis interações medicamentosas. Portanto, o estudo confirma dados de outros estudo sobre automedicações durante a pandemia, o uso de medicamentos ainda não confirmados como terapias para uso domiciliar e a importância da assistência farmacêutica no processo de dispensação de medicamentos para tratamento da COVID-19 nestes tempos de pandemia.