Com o início da pandemia de SARS-CoV-2 no Brasil em 2019, o registro de vacinas para crianças até doze meses de idade tem revelado queda a partir dos dados do Programa Nacional de Imunização. Tendo em vista que houve as medidas de isolamento social e mobilizações contra a vacinação. Diante disto, muitas doenças apresentam sério risco de retornar. Trata-se de estudo transversal, descritivo e quantitativo utilizando dados SI-PNI DATASUS, referentes às vacinas BCG, VIP/ Poliomielite Inativa, pentavalente, rotavírus, pneumocócica, meningocócica C, tríplice viral e febre amarela, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2020, em crianças de até 12 meses, em Castanhal, no Pará. A partir dos dados coletados do SI-PNI, foi constatado que dentre os imunizantes, apenas quatro mostraram resultados satisfatórios para a cobertura vacinal no município, sendo que a Tríplice Viral teve o maior índice de crescimento com 55, 24% em comparação ao ano de 2019, seguida das vacinas: Pentavalente com um aumento de 5,43%, Meningite C com 125 doses de diferença e VIP/ Poliomelite Inativa 0,60% de acréscimo. Ao final do estudo observaram-se resultados insatisfatórios em relação às doses aplicadas para esta faixa etária em relação às vacinas BCG, Rotavírus e Pneumocócica. Entretanto, a vacina de Febre Amarela demostrou estabilidade no número de aplicações. Estes resultados revelam o impacto da pandemia na diminuição das taxas de vacinação desses infantes, seja pela influência do movimento antivacina, seja pela falta de informações através de campanhas publicitárias, o que pode provocar o ressurgimento de doenças antes erradicadas. Dessa forma, atuação da gestão municipal é de suma importância para a ampliação dos atendimentos nos postos de vacinação aos domicílios e promoção de um maior esclarecimento sobre a imunização à população por meio dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), a fim de diminuir os impactos da pandemia na vacinação infantil.