Por consequência do vírus do gênero Orthopoxvirus, a varíola humana foi uma doença viral altamente transmissível, mortal em 30% da população, muito temida, combatida, e estudada por várias gerações no mundo, passados mais de 40 anos de sua erradicação e perda de imunidade em populações, à família Poxviridae emergem em novas enfermidades em animais e prospecção de zoonoses ocupacionais. Considerando a importância dessas enfermidades o presente estudo objetivou ressaltar o perfil epidemiológico dos surtos e detecção de Orthopoxvirus em animais que ocorreram no Brasil e propor adequações de manejo nas propriedades, educação as comunidades rurais, criadores e técnicos. O levantamento bibliográfico foi embasado em trabalhos científicos contidos nas bases de dados eletrônicos: Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google Acadêmico (Google Scholar), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), e U. S. National Library of Medicine (PubMed). Os descritores utilizados nas pesquisas foram “Poxvirus”, “Orthopoxvirus”, “Cowpox” e “Poxviruses in animals’, e “Poxviruses in Brazil”. A coletânea de dados no Brasil traz registros de 1804, isolados de Orthopoxvirus a partir da década de sessenta até julho de 2021. Pela análise documental percebe-se que filogeneticamente existem 02 (dois) clados de Vaccinia virus brasileiros, o Grupo 1 com 92% dos isolados e o Grupo 2 com 8%, ambos com vários reservatórios animais (silvestres e domésticos) e com grande potencial de transmissão e infecção em humanos pela ocupação funcional. O estudo mostrou que pelas falhas de manejo, faz-se necessário traçar programas higiênicos-sanitários, adotar medidas de biosseguridade e ações que visem a sanidade e bem-estar dos animais, evitando risco a saúde, em progressão, há necessidade, ainda, de aumentar a conscientização das pessoas nas comunidades rurais e indústrias de lácteos, além dos criadores, tratadores e profissionais das ciências agrárias.