Introdução: O Crossfit® trata-se de uma prática esportiva de alta intensidade, desafiadora e de caráter motivacional e por isso um aumento de adeptos. Os exercícios de alta intensidade com numerosas repetições em curto período, pode propiciar fadiga muscular precoce, predispondo a dor e lesões musculoesqueléticas. Objetivo: Descrever o perfil de dor musculoesquelética e movimentos realizados em praticantes de Crossfit® . Metodologia: Estudo transversal realizado em dois boxes de Crossfit® em Fortaleza, no período de outubro de 2020 a janeiro de 2021. Foram inclusos praticantes do desporto, com mínimo de seis meses de prática e sem histórico cirúrgico, com idade superior a 18 anos. Aplicou-se um questionário para coletar variáveis sociodemográficas e relacionadas a prática esportiva. Os dados foram analisados pelo programa SPSS statistic 20.0 usando o teste qui-quadrado para associação entre as variáveis. Resultados: A amostra foi constituída por 79 participantes com idade média de 30,4 (± 7,1) sendo 58,2% mulheres (n=48), 41,8% homens (n=33) e 20,3% (n=16) estudantes. Verificou-se que 44,3% (n=35) dos entrevistados praticavam Crossfit® a mais de 3 anos e 75,9% (n=60) treinavam de 4 a 6 vezes por semana. O interesse em participar de competições foi mencionado por 29,1% (n=23). Sobre dor musculoesquelética, o ombro (87,3%; n=69), coluna cervical (40,5%; n= 32), região lombar (27,8%; n=22) e joelho (26,6%; n= 21) foram as regiões mais relatadas. A dor também foi mencionada durante os gestos esportivos: Hand Stand Push-up (HSPU) com 44,3% (n=31), Snatch com 38,6% (n=27) , Shoulder to over head (STOH) com 35,7% (n=25) e o Trusther com 31,4% (n=22). Conclusão: O ombro foi a região mais referida pelos praticantes, com prevalência de 87,3%, assim como os movimentos que demandam de força acima da cabeça. Através disso é necessário estudos dessa relação para compreensão do assunto abordado.