Segundo a Organização Mundial da Saúde, com os mais rigorosos padrões de segurança, ainda há risco de efeitos adversos por transfusão. As agências transfusionais precisam assegurar uma terapia segura e livre de efeitos indesejados, por isso, é de extrema importância notificar as reações transfusionais dos serviços para que sejam introduzidas intervenções preventivas para as reações decorrentes de falhas no processo do ciclo do sangue. O objetivo do estudo é caracterizar as notificações de reações transfusionais no município de Maringá-PR entre os anos de 2019 e 2020. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, documental, de caráter quantitativo, com base na análise de dados em hemovigilância do sistema Notivisa de notificações, fornecido pelo Portal Brasileiro de Dados Abertos juntamente com a Anvisa. Os dados foram digitados em planilha do programa Microsoft Excel 2010 e analisados estatisticamente. Para comparação dos dois anos avaliados foi utilizado o teste Qui-quadrado ou teste Z, o nível de significância adotado nos testes foi de 5%. O estudo dispensou aprovação do Comitê de Ética por se tratar da de dados de domínio público. Identificou-se que o tipo de reação transfusional mais prevalente foi reação febril não hemolítica e o tipo de hemocomponente mais comum foi o concentrado de hemácias. A faixa etária mais foi de 40 a 59 anos e em todos os casos o tipo de evento adverso foi a reação transfusional. Foi observado um número maior de notificações não concluídas no ano de 2020. Concluíram-se necessárias intervenções nas instituições que realizam procedimentos do processo do ciclo do e a realização de mais estudos sobre a temática.