Introdução: A alimentação gera impactos positivos na qualidade de vida das pessoas que além do aspecto nutricional está ligado aos aspectos emocionais e psicossociais. Qualquer alteração no processo de deglutição é denominado de Disfagia, quadro muito comum em pacientes com câncer de cabeça e pescoço. Tal quadro pode ser gerado pelos tratamentos oncológicos preconizados pela equipe: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Objetivo: Descrever o perfil da deglutição dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço em tratamento anrioneoplásico. Metodologia: Trata- se de um estudo retrospectivo quantitativo e qualitativo de pacientes acompanhados no ambulatório de fonoaudiologia do Centro Oncológico de um hospital público de Sergipe. A coleta de dados, em 52 evoluções do prontuário hospitalar foi realizada com o preenchimento da ficha de registro de dados, composta por identificação do paciente, idade, gênero, moradia, hábitos nocivos à saúde, sitio tumoral e tratamento antineoplásico; e dados da avaliação fonoaudiológica: Escala Funcional de Ingestão por Via Oral (FOIS) e Escala de Severidade da Disfagia (DOSS). Resultados: Houve prevalência do gênero masculino, sendo a maior parte residente na capital. O sítio de maior incidência tumoral da neoplasia foi para o câncer de laringe e a maioria fazia uso de tabaco e eram etilistas. A RT concomitante a QT foi o tratamento mais prevalente. Na escala DOSS a disfagia leve/moderada foi a mais comum, e na escala de funcionalidade de ingestão por via oral os pacientes se alimentavam por via oral total com múltiplas consistências e preparo especial. Conclusão: Os pacientes que fazem tratamento concomitante de quimioterapia com radioterapia apresentam dificuldades na alimentação, que podem cursar com disfagia de grau leve/moderado.