A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada pela elevação dos níveis da pressão arterial sistólica e ou/diastólica. Constituise como um problema global de saúde pública em virtude de sua alta prevalência e de suas complicações cardiovasculares. Em vista disso, por ser a entrada preferencial do sistema de saúde, a Atenção Primária à Saúde (APS) possui uma importante atribuição no controle da HAS. Nesse sentido, objetivou-se analisar as evidências científicas acerca dos desafios e perspectivas do controle da hipertensão arterial sistêmica na Atenção Primaria à Saúde. Trata-se de um estudo de revisão integrativa de literatura, realizado através do Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram selecionados 11 artigos que se encontravam indexados nas bases de dados da Scielo, Medline, LILACS e BDENF, após a aplicação dos filtros: texto completo, últimos 5 anos (2017-2022) e artigos no idioma português, além da leitura dos textos para a possível seleção. Evidenciou-se que a atuação da APS torna-se imprescindível para o reconhecimento e o acompanhamento das pessoas que convivem com a HAS. Em relação aos desafios que a APS enfrenta, entre os municípios brasileiros, existem grandes variações na capacidade e qualidade das equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF), incluindo variada disponibilidade de equipamentos básicos, humanos e de apoio institucional ofertado as equipes. Desse modo, as características dos serviços e dos recursos físicos, humanos e de saúde facilitam ou limitam o uso pelos usuários e impactam na sua efetividade e qualidade da atenção a HAS. Conclui-se que a HAS é uma doença que não tem cura, mas que exige controle. Logo, é indispensável controlar os fatores de risco, assim como garantir a adesão ao tratamento, embora as mudanças no comportamento necessárias para o controle pressórico sejam desafiadoras para hipertensos e serviços de saúde.