Durante o desempenho das atividades laborais desenvolvidas pelos profissionais de enfermagem, observam-se desencadeadores de fatores associados ao risco cardiovascular capazes de interferirem na sua qualidade de vida profissional e, consequentemente, na qualidade da assistência prestada ao cliente. Assim, o objetivo do estudo foi analisar os fatores associados ao risco cardiovascular em profissionais de enfermagem, segundo as evidências cientificas. Foi realizada uma revisão narrativa de literatura, de abordagem qualitativa. Para seu desenvolvimento utilizou-se manuais, livros digitais e artigos nacionais que abarcassem acerca do risco cardiovascular em profissionais de enfermagem. A busca ocorreu na base de dados do Google acadêmico e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), publicados no Brasil, no período de 2000 a 2022, sendo a pesquisa realizada em junho de 2022, utilizando-se os seguintes descritores em ciências da saúde (DeCS), com o operador booleano “AND” entre os descritores: “Doenças Cardiovasculares”; “Fatores de Risco” e “Enfermagem do Trabalho”. Os resultados evidenciaram que existe uma associação entre os fatores de risco cardiovascular e o processo de trabalho dos profissionais de enfermagem, sendo que os fatores predisponentes mais encontrados foram: estresse, hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM), estilo de vida. Concluiu-se a importância de aumentar o conhecimento dos enfermeiros em relação à ação dos fatores de risco deletérios que incidem sobre o sistema cardiovascular dos mesmos, aos quais estão expostos. E com esse entendimento, possam dotar hábitos de vida baseado em um modelo de autocuidado bem mais saudável, de modo a garantir uma relação direta com gestores da instituição onde os enfermeiros trabalham no intuito de criar ações de saúde pública capazes de tornar o ambiente laboral, um gerador de melhoria da qualidade de vida e bem-estar.