A sífilis adquirida é uma infecção sexualmente transmissível que cresce a cada ano no Brasil, por isso é um sério problema de saúde pública. O Estado do Amazonas destacase com alta taxa de infecções, embora não seja uma das maiores populações do país. Sua capital, Manaus, registra a maior parte desses casos. Para este relato de experiência foi feita uma pesquisa de dados secundários de Manaus referentes a epidemiologia e perfil sociodemográfico nos sites: DATASUS, SINAN, SIM, Ministério da Saúde e Indicadores Epidemiológicos do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI). Além disso, artigos científicos sobre o tema foram pesquisados no Google Acadêmico, SciELO e TEDE UFAM para melhor entendimento e análise dos dados. Assim, o desafio foi conhecer e descrever a linha de cuidado do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) dentro das Redes de Atenção de Manaus. Dessa maneira, foram feitas pesquisas nos sites da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), Fundação Alfredo da Matta (FUAM), Fundação Vigilância em Saúde (FVS) e Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas (SES-AM). Observou-se a partir do ano de 2016 um crescimento exponencial da transmissão de sífilis adquirida em Manaus, passando de 679 casos a cada 100.000 habitantes neste ano para 3338 casos em 2019. Todavia, em 2020, houve uma queda para 953 casos neste mesmo indicador. Uma clara consequência do enfrentamento a pandemia de COVID-19. Os homens são os principais infectados pela sífilis adquirida, em 2019, por exemplo, a taxa de incidência foi mais que o dobro do observado nas mulheres. Este relato de experiência não visa ser um estudo completo sobre sífilis adquirida em Manaus, mas sim um despertar para novas pesquisas, a fim de entender parte da realidade da rede de atenção à saúde, afim de torná-la mais visível e adequada a necessidade do usuário do SUS.