No Brasil, os serviços de atendimento com foco em pessoas com sofrimento ou transtorno mental devido ao uso de crack e outras drogas é realizado por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que integra e articula diferentes dispositivos de forma multiprofissional e interdisciplinar a fim de garantir o acesso e a eficácia do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo deste artigo é relatar a experiência dos acadêmicos de medicina da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), durante a pandemia de COVID-19, no mapeamento da RAPS, na coleta de dados epidemiológicos e no reconhecimento do itinerário terapêutico dos pacientes que sofrem de distúrbios decorrentes do uso de drogas no estado do Amazonas e necessitam dos serviços hospitalares ofertados pelo SUS. Impossibilitados de visita presencial, por conta do contexto da pandemia, os discentes buscaram recursos alternativos, como o contato telefônico com os gestores das unidades, a pesquisa em sites oficiais das secretarias municipal e estadual, a dinâmica do quiz e o depoimento do convidado, suprindo assim o impedimento das aulas práticas presenciais.