A transição epidemiológica se caracterizou pelo aumento das doenças crônicas não transmissíveis, dentre elas obesidade. A obesidade é uma doença multifatorial caracterizada tanto pelo acúmulo de gordura quanto o desbalanço energético do indivíduo. No Brasil a obesidade é um problema de saúde pública, na região norte 5,5% da população é obesa, já em Manaus, capital do Amazonas, a obesidade está presente em 7,88% da população. Com a pandemia de COVID-19, que alterou as relações socioeconômicas da população de todo o mundo, promovendo grandes alterações de estilo de vida, houveram mudanças especialmente para a população adolescente, que se viu longe do convívio escolar e social, e por consequência também alterou o estilo de vida. Objetivo: Analisar se a pandemia induziu alterações nos níveis de obesidade da população adolescente manauara e analisar a linha de cuidado para obesidade em adolescentes. Metodologia: Este é uma análise crítica da linha de cuidado da obesidade em adolescentes, na cidade de Manaus em tempos de pandemia, pelo olhar dos alunos de medicina da Universidade Federal do Amazonas. Foi realizada revisão de literatura, análise documental e de relatos de profissionais competentes sobre suas áreas de atuação e como se dá o cenário do adolescente obeso. Resultados: Existe diferença quando se analisado a variável sexo em relação ao sobrepeso e obesidade, em que se destacam, respectivamente, o sexo feminino e masculino. A variável escolaridade, adolescentes filhos de mãe com escolaridade acima de 8 anos possuíam maior tendência a desenvolver obesidade. Sugere-se que houve influência da pandemia de COVID-19 nos hábitos não saudáveis, como aumento de consumo de alimentos que não saudáveis e aumento do tempo que os adolescentes ficavam sentados. A linha de cuidado vai desde a prevenção até a realização de cirurgia bariátrica, mas apresenta desafios no acompanhamento e coleta de dados, em especial durante a pandemia, com diminuição da oferta de serviços e portas de entradas. Conclusão: A literatura é escassa sobre esta linha de cuidado em Manaus, que também apresenta dificuldades no registro e análise dos dados secundários em plataformas públicas, isso reforça a importância deste estudo como análise preliminar desta linha de cuidado.